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Com o apoio da Bancada Feminina e uma programação repleta de ações impactantes, o Parlamento Amapaense reafirma seu compromisso com a luta pela igualdade e justiça Por: Danilo Gonzaga 21/11/2024 17:32 Foto: ALAP A Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, sob a liderança da presidente Alliny Serrão e a participação efetiva da Bancada Feminina, deu início a uma ampla e mobilizadora programação em adesão aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Esse movimento global, que busca conscientizar e combater todas as formas de violência de gênero, ganha no Amapá um protagonismo inédito com iniciativas que unem sensibilização, engajamento político e ações concretas que buscam promover mudanças significativas. A abertura oficial aconteceu com o lançamento da ação “Luzes da Esperança”, que iluminou a Assembleia Legislativa em tons de lilás, simbolizando apoio às mulheres e reafirmando o compromisso do parlamento em promover a igualdade e a segurança. Outro marco da programação foi a apresentação da campanha institucional “Vozes Silenciadas: A Dor de Quem Fica”, que trouxe à tona o impacto devastador do feminicídio. Com depoimentos de familiares de vítimas, a campanha emociona e alerta a sociedade sobre a urgência de prevenir e combater essa violência. Durante os 16 dias, todas as pautas relacionadas ao enfrentamento da violência contra a mulher terão prioridade máxima nos trabalhos legislativos, evidenciando o comprometimento do Parlamento com a causa. Além disso, a programação inclui a exibição do filme “É Assim que Acaba”, fruto de uma parceria com a rede de cinemas Movie.com, ampliando o alcance da campanha e promovendo reflexão por meio da arte. A presidente Alliny Serrão destacou a importância do movimento: “A Assembleia Legislativa está não apenas engajada, mas à frente dessa luta, com ações concretas, debates amplos e uma mensagem clara: não podemos mais tolerar a violência contra as mulheres. Nosso compromisso é fortalecer políticas públicas e mobilizar a sociedade para que o Amapá seja um estado mais seguro para todas.” A programação segue até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, com atividades que prometem engajar a sociedade e fortalecer a rede de proteção às mulheres. Com ações inovadoras e uma liderança comprometida, a Assembleia Legislativa do Amapá se posiciona como referência nacional na luta pela equidade de gênero e no combate à violência contra a mulher. Fonte: ALAPPublished
2 dias agoon
Histórico e Contextualização
O Povo Indígena Terena do Planalto Central, oriundo do Mato Grosso do Sul, tem uma trajetória marcada por luta e resistência. Durante a construção de Brasília, foram uma das primeiras etnias a se estabelecer no Distrito Federal, protagonizando, nas décadas de 1970 e 1980, os primeiros movimentos indígenas na capital do país. Desde então, os povos indíge-nas do DF têm reivindicado direitos fundamentais, como território, saúde e educação, mesmo antes da promulgação da Constituição Federal de 1988.
Apesar dessa longa história de mobilização, a atual realidade dos povos indígenas em Brasí-lia ainda carece de estruturação e políticas públicas eficazes que atendam suas necessidades locais. Diante disso, propõe-se um conjunto de medidas para garantir a inclusão e o reconhe-cimento dessas populações no contexto urbano e institucional do Distrito Federal.
1. Criação da Subsecretaria para Assuntos Indígenas
Objetivo: Instituir uma subsecretaria vinculada à Secretaria de Justiça ou ao Gabinete do Governador, com foco exclusivo nas demandas dos povos indígenas do DF.
Atribuições:
• Planejar, implementar e monitorar políticas públicas voltadas à população indígena;
• Garantir a participação indígena na formulação e execução dessas políticas;
• Promover a articulação entre secretarias e órgãos governamentais para atender às de-mandas específicas da comunidade indígena;
• Atuar em parceria com o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e outras ins-tâncias de governança indígena.
• Reserva de vagas para indígenas capacitados em diferentes áreas da educação, saúde e demais carreiras técnicas promovendo a inclusão dos profissionais e a sua valorização histórica como primeiros habitantes do país.
2. Educação Indígena
Objetivo: Garantir o acesso à educação inclusiva, intercultural e de qualidade para estudan-tes indígenas no DF.
Ações:
• Criação de escolas bilíngues ou interculturais, que valorizem as línguas e culturas indí-genas presentes no DF;
• Formação continuada de professores em educação indígena, promovida no Memorial dos Povos Indígenas e em outras instituições;
• Inclusão de conteúdos sobre história, cultura e direitos indígenas nos currículos esco-lares do DF, em conformidade com a Lei nº 11.645/2008;
• Oferta de bolsas de estudo para indígenas no ensino técnico, superior e pós-graduação, garantindo a ampliação de oportunidades acadêmicas.
3. Saúde Indígena
Objetivo: Melhorar o atendimento de saúde às comunidades indígenas no DF, com foco na atenção básica e na saúde mental.
Ações:
• Construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) com equipes capacitadas para aten-der as especificidades culturais indígenas;
• Criação de um programa de saúde mental com psicólogos e terapeutas especializados em interculturalidade;
• Ampliação do acesso a serviços de saúde móvel para comunidades indígenas em situ-ação de vulnerabilidade;
• Garantia do fornecimento contínuo de insumos e medicamentos essenciais;
4. Habitação e Infraestrutura
Objetivo: Assegurar moradia digna e infraestrutura adequada às necessidades culturais da população indígena do DF.
Ações:
• Desenvolvimento de programas habitacionais específicos para indígenas, consideran-do suas tradições e modos de vida;
• Regularização fundiária de territórios indígenas no DF, garantindo segurança jurídica às comunidades;
• Construção e reestruturação de espaços comunitários para fortalecimento da identi-dade cultural e social.
5. Cultura e Preservação da Memória Indígena
Objetivo: Valorizar e fortalecer as manifestações culturais indígenas, promovendo a preser-vação da memória e identidade dos povos indígenas do DF.
Ações:
• Destinação de recursos para a revitalização do Memorial dos Povos Indígenas, garan-tindo sua plena funcionalidade;
• Parcerias com universidades e instituições culturais para exposições, oficinas e eventos sobre a diversidade dos povos indígenas;
• Criação de um programa de capacitação para indígenas atuarem como guias e gestores culturais no Memorial;
• Garantia de acessibilidade total, incluindo intérpretes de Línguas Indígenas de Sinais e outros recursos de inclusão.
6. Financiamento e Sustentabilidade
Proposta:
Criação de um fundo público-privado para financiar políticas públicas indígenas, com recursos provenientes de:
Destinação de emendas parlamentares específicas para ações voltadas aos povos indí-genas;
Parcerias com empresas privadas interessadas em apoiar iniciativas culturais e sociais;
Convênios com órgãos nacionais e internacionais de proteção aos povos indígenas.
Justificativa Geral
A implementação dessas políticas públicas é essencial para garantir os direitos funda-mentais das populações indígenas do Distrito Federal, promovendo igualdade, respeito à diversidade cultural e inclusão social. A criação da Subsecretaria para Assuntos Indíge-nas e os investimentos nas áreas prioritárias permitirão não apenas atender demandas históricas, mas também fortalecer a identidade dos povos indígenas na capital do país, assegurando sua dignidade e autonomia.
Brasília, 28 de janeiro de 2025.