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Boletim BRICS Brasil #49 – BRICS unidos por padrões globais: harmonização de regras comerciais e ambientais é tema de encontro em Brasília

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Delegados reforçam a importância da cooperação para padronizar normas diante de contexto global de incerteza econômica. FOTO: Fabiano Ribeiro/ BRICS Brasil
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Boletim BRICS Brasil #49

Por Inez Mustafa | BRICS Brasil, com contribuição da ABNT

Repórter: Sabe aquela ABNT que você só lembra na hora do TCC? Pois é, ela está por trás de decisões globais que definem desde o preço dos produtos que você compra até como o mundo vai lidar com a mudança do clima. Sob as diretrizes dessa associação, os países do BRICS compartilham políticas públicas desde a padronização da contagem de carbono até o combate a violência contra mulheres em organizações.

E olha só que interessante: o presidente da ABNT, Mario Esper, destacou que, em um mundo cheio de crises, as normas técnicas são a chave para facilitar o comércio e proteger o consumidor.

Mario Esper: A normatização ganha um papel ainda mais estratégico, servindo como ferramenta de integração comercial, inovação e proteção aos consumidores, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Repórter: Mas e se cada país criar suas próprias regras? O que acontece? A chefe de divisão de Acesso a Mercados do Itamaraty, Maria Cristina Rayol, dá a resposta.

Maria Rayol: Se não convergirmos nos padrões, nossos produtos não entrarão no mercado uns dos outros. Se os desafios são os mesmos, alguns princípios básicos permanecem, e o fato mais básico é que os países precisam uns dos outros para seu desenvolvimento. Não atingiremos nosso potencial máximo se não trabalharmos uns com os outros.

Repórter: Outros países do BRICS também compartilham dessa preocupação, como destaca o delegado do Irã, Mehdi Ghasemi.

Mehdi Ghasemi: A simplificação dos procedimentos e a promoção do reconhecimento mútuo dentro da estrutura do BRICS reduzirão significativamente as barreiras comerciais e aumentarão a integração econômica.

Repórter: Um dos temas mais quentes foi a contabilização de carbono. O Brasil, que tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, quer mudar a forma como se calculam essas emissões. Afinal, hoje, a conta não considera que nossas florestas absorvem mais CO₂ do que emitimos

Cristina Rayol: O Brasil tem uma matriz energética limpíssima, reserva florestal ampla e diversificado. O Brasil não é um país que emite carbono. Na contabilidade geral, o Brasil é um país que retira carbono da atmosfera. Então, eu acho que a grande luta de todo o governo brasileiro, trabalhando em cooperação com o setor privado, é que a contabilidade de carbono seja feita e o processo produtivo seja computado de uma maneira mais ampla, para ficarem claras as vantagens de países como o Brasil.

Repórter: E isso afeta até o seu bolso! Se os padrões forem desiguais, produtos ficam mais caros, e a cadeia de suprimentos pode até travar. Rostislav Sirotkin, representante da Rússia, destacou que a cooperação entre os países do BRICS promove sistema mais justo.

Rostislav Sirotkin: O reconhecimento mútuo de padrões de contagem de carbono desempenha papel fundamental na facilitação do comércio, na garantia da segurança e na promoção da inovação.

Repórter: No fim das contas, o que parecia só ‘burocracia de norma técnica’ está moldando um futuro mais sustentável, com economia forte e direitos garantidos. E o Brasil? Está liderando essa conversa na sua presidência do BRICS! Fique de olho – porque essas regras vão definir muito mais do que a capa do seu TCC!”

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