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Congresso Nacional

Presidente do Conselho Nacional de Saúde defende o SUS como exemplo mundial e pilar da soberania nacional

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Em plenária no Congresso, Drª Fernanda Magano destacou o reconhecimento internacional do sistema único de saúde (SUS), a importância de todos os profissionais da saúde e a defesa do controle social.

Vestindo uma camiseta com um botem do Zé Gotinha, símbolo do programa de imunização brasileiro, a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Drª Fernanda Magano, discursou em uma audiência pública no Congresso Nacional nesta terça-feira, celebrando as conquistas e defendendo o fortalecimento do SUS. Em sua fala, ela classificou como uma “honra” estar na tribuna e agradeceu à deputada Ana Pimentel pela realização do debate.

Magano iniciou sua fala traçando um panorama histórico do SUS, que completará 40 anos de luta em 2026, fruto de um trabalho de construção dos sanitaristas. “A vitória de enfrentamento da Covid-19 demonstrou a força e o poder desse sistema e produziu reconhecimento nacional e internacional”, afirmou.

A presidente do CNS destacou um marco recente: a aprovação de uma resolução na Organização Mundial da Saúde (OMS) que reconhece o SUS como um “exemplo de participação social e organização de sistema de saúde para o mundo”. Segundo ela, a construção desse reconhecimento continua, com o acompanhamento da resolução por 27 países signatários. “Falar dessa dimensão macro da relação global do exemplo do SUS também é falar do micro, é falar da relação de todo trabalho de formiguinha de porta em porta dos agentes comunitários de saúde”, complementou, ilustrando a abrangência do sistema.

Magano, que é psicóloga e representa a Federação Nacional dos Psicólogos, enfatizou que para pensar a saúde é preciso incluir a saúde mental. Ela revelou que este tema foi levado à Assembleia da ONU, juntamente com as doenças crônicas, demonstrando a visibilidade externa do SUS.

Ela defendeu a valorização de toda a força de trabalho do SUS, indo além da figura do médico. “Enquanto o controle social do SUS tem acompanhado passo a passo o programa, Aqui Tem Especialista, destaco a necessidade de que sejam considerados especialistas não somente os médicos, pois o SUS é composto por mais profissionais da saúde, são 14 na resolução de 98 que precisa ser atualizado”, disse, enfatizando a necessidade de serem considerados os saberes de todas as categorias profissionais listadas na resolução de 1998, que precisa ser atualizada para incluir, por exemplo, os sanitaristas. “Destacar essa construção pois é essa força de trabalho do SUS que resulta no cuidado do povo brasileiro”.

Saúde como Caminho para a Soberania

A presidente do Conselho Nacional de Saúde posicionou a saúde como um caminho fundamental para a soberania do país. “O SUS tem 35 anos na formalidade da lei, mas tem uma vida a seguir cuidando do povo brasileiro, produzindo saúde em cada uma das muitas funções que ele estabelece no seu cotidiano. Seguimos fortes, seguimos com controle social, com fiscalização do SUS em todos os rincões do país”.

Por fim, Magano conectou a missão do SUS aos desafios globais, citando a importância da recepção da COP30, conferência do clima que será realizada em Belém. “E todo cuidado que temos com a terra brasileira, pensando como a saúde pode cooperar com o clima do país”, finalizou, sublinhando a interconexão entre a saúde da população e a saúde do planeta.

A fala de Fernanda Magano reforçou o papel do SUS não apenas como uma política de saúde, mas como um projeto de sociedade, celebrado internacionalmente e fundamental para a garantia de direitos e a construção de um Brasil mais justo e soberano.

 

Rubia de Souza Armini.

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