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Congresso Nacional

O Agro Brasileiro: locomotiva econômica, desafios internos e o caminho da sustentabilidade

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Evento que ocorreu no congresso nacional dia 15 e 18 de setembro discutiu Cenário do agro no Brasil hoje e tendências do agro sustentável. Dados do Ministério da Fazenda indicam que o setor foi responsável por puxar o crescimento do PIB em 2,3% em 2024, com um crescimento próprio de 12%. A afirmação do Ministro Barroso ressalta o agro e afirma ser “a locomotiva do país”. De fato, a importância do agro vai muito além da segurança alimentar. Ele é estratégico para balança Comercial, responsável por 49% das exportações, gerando dólares e fortalecendo as reservas internacionais. Controle da Inflação, aumento da produtividade ajuda a estabilizar preços. Além disso, o PIB do Interior, gera renda e desenvolvimento econômico nas regiões fora dos grandes centros.

Contudo, o setor não é homogêneo. A cadeia é diversa: a agropecuária representa 26% do valor, a agroindústria 24%, mas a maior fatia (44%) está na distribuição. A produção também se concentra geograficamente, com São Paulo liderando a agroindústria (26,7%) e Mato Grosso, a produção agrícola. A produtividade e sustentabilidade apresentou um crescimento espetacular – a produção de grãos saltou de 58 milhões de toneladas em 1990/91 para 328 milhões estimados para 2024/25 – foi puxado por ganhos de produtividade, e não pela expansão descontrolada de área. A área de pastagem, por exemplo, diminuiu com o aumento da eficiência da pecuária. As práticas sustentáveis ganham espaço como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): Rotação de culturas como soja e milho com pastagem.  A Fixação Biológica de Nitrogênio: Reduz o uso de fertilizantes na soja. Bioenergia: Uso de biocombustíveis (etanol e biodiesel) para reduzir emissões.

Por outro lado, apesar de ser um exportador líquido, o Brasil enfrenta pressão nos preços internos de alimentos. Especialistas explicam que isso não se deve à falta de produção para o mercado doméstico, mas a fatores complexos, como conexão com o Mercado Internacional: Commodities como soja e milho têm preços formados globalmente em dólar, influenciando o mercado interno. Mudança de Hábitos: A demanda por proteínas (frango, suína) cresce, enquanto a por alimentos como arroz e feijão se estabiliza ou diminui. Custos: Choques no preço de insumos, como fertilizantes, impactam a produção.

Solucionar essa inflação exige cautela. Medidas como estoques reguladores ou incentivos fiscais têm efeito limitado. Incentivos à agricultura familiar (“cinturões verdes”) são positivos, mas enfrentam desafios de custo e logística.

Verdadeiramente, o agronegócio brasileiro é um gigante produtivo que sustenta a economia. O desafio atual, debatido no Congresso, é equilibrar seu poderio exportador com a estabilidade de preços no mercado interno, acelerando a transição para um modelo ainda mais produtivo e sustentável, que garanta competitividade global e segurança alimentar para os brasileiros.

 

Rubia de Souza Armini.

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