A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vai gerir o novo fundo de apoio à agricultura familiar do Mercado Comum do Sul (Mercosul). O fundo foi criado pela Reunião Especializada sobre a Agricultura Familiar do Mercosul (REAF) e foi anunciado nesta segunda-feira (25).
Atualmente, mais de 30 milhões de pessoas dependem da agricultura familiar para sua subsistência na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Segundo a FAO, 80% das fazendas na América Latina e no Caribe fazem parte da agricultura familiar. Além disso, o setor gera mais de 70% dos empregos agrícolas na região.
O Representante Regional da FAO para América Latina e Caribe, Raul Benítez, disse que os países do Mercosul têm sido pioneiros no reconhecimento da importância deste setor e em fornecer suporte contínuo para os agricultores familiares por meio de iniciativas como a REAF.
“Considerando que o Cone Sul da América Latina é o principal produtor de alimentos na região, é claro que a contribuição feita pelos agricultores e agricultoras familiares para a segurança alimentar, para a disponibilidade de alimentos e para as economias nacionais os tornam protagonistas na luta contra a fome”, acrescentou Benítez.
A agenda estratégica da REAF e da FAO será discutida em um seminário em Santiago, Chile, em 26 e 27 de fevereiro no Escritório Regional da FAO.