“Carta das Mulheres” é lançada em Brasília com foco na COP30 e justiça climática

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“Carta das Mulheres” é lançada em Brasília com foco na COP30 e justiça climática
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Documento destaca vulnerabilidade feminina diante da crise climática e será apresentado na conferência global em Belém; ministras Marina Silva e Sônia Guajajara participam do evento
Durante o Festival Curicaca, realizado em Brasília nesta semana, foi oficialmente lançada a Carta das Mulheres para a COP30, um manifesto que reúne propostas e reivindicações para garantir maior representatividade feminina nas decisões sobre a crise climática. O documento, fruto de uma construção coletiva entre organizações da sociedade civil, movimentos educacionais e coletivos de mulheres, busca reforçar o papel das mulheres na luta por justiça ambiental e igualdade de gênero frente às mudanças do clima.
A cerimônia de lançamento contou com a presença das ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), duas figuras centrais na pauta ambiental e indígena do país. A carta será levada à COP30, que acontecerá em novembro, na cidade de Belém (PA).
Organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Festival Curicaca acontece na Arena BRB e deve reunir até 100 mil participantes ao longo de sua programação, que inclui debates, painéis e atividades culturais voltadas à sustentabilidade.
Para Gabriela Rollemberg, coordenadora do evento, o lançamento da carta é um passo essencial para destacar uma realidade muitas vezes invisibilizada. “As mulheres representam cerca de 80% da população mais afetada pela emergência climática, mas ainda têm pouca voz nos espaços de decisão política”, afirmou.
A Carta das Mulheres traz diretrizes e propostas que abordam desde a necessidade de inclusão de lideranças femininas nos fóruns ambientais até a urgência de políticas públicas com recorte de gênero na adaptação climática.
O documento busca sensibilizar lideranças nacionais e internacionais durante a COP30 e consolidar a perspectiva de que enfrentar a crise climática exige equidade e justiça social – com as mulheres no centro dessas transformações.
Por: Jornalista Laodicéia Dourado