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Em discurso na ONU 2025, Lula defenderá a formação do Estado Palestino como solução para a paz

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Presidente brasileiro retoma, em fórum global, bandeira histórica de sua trajetória política e do PT; apoio internacional à causa ganha força após genocídio da faixa de Gaza.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobe ao plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (23/09/25) para um dos discursos mais aguardados do encontro. Na pauta, uma defesa enfática e histórica de sua carreira: a criação imediata de um Estado Palestino livre e soberano. O pronunciamento ocorre em um momento de crescente pressão internacional sobre Israel, amplificada recentemente pelo apoio de líderes como o Presidente francês, Emmanuel Macron.

A defesa da Palestina é uma bandeira que remonta às origens da trajetória política de Lula e de seu partido, o PT. A relação foi formalizada ainda nos anos 1980, quando o Partido dos Trabalhadores, em sua fase de consolidação, recebeu uma comitiva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) durante seu 5° Encontro Nacional, em 1985. A delegação era chefiada por Farid Sawan, então representante da OLP no Brasil, marcando o início de um alinhamento que se manteria por décadas.

Desde que assumiu pela primeira vez a Presidência, Lula tem levado essa posição aos fóruns internacionais. A partir de 2010, a defesa da solução de dois Estados – Israel e Palestina coexistindo em paz e segurança – tornou-se um pilar de sua política externa. A proposta é vista pelo governo brasileiro como a única saída viável para ciclos de violência, como o recente conflito na Faixa de Gaza, classificado por várias nações e organizações como um “massacre” contra a população civil palestina.

O contexto do discurso de amanhã é particularmente significativo. O chamado “massacre de Gaza” reacendeu o debate global, levando dezenas de países a reconsiderarem ou formalizarem o reconhecimento do Estado da Palestina. A adesão de figuras como Macron à causa confere um novo impulso diplomático à iniciativa, que Lula pretende capitalizar no principal palco das relações internacionais.

A expectativa é que o presidente brasileiro não apenas reafirme o apoio ao Estado Palestino, mas também convoque a comunidade internacional a tomar medidas concretas para viabilizar sua criação, pressionando por negociações diretas e pelo fim da ocupação de territórios. O discurso consolida o lugar do Brasil como um ator fundamental na busca por uma solução pacífica e duradoura para um dos conflitos mais prolongados do mundo.

 

Rubia de Souza Armini.

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